domingo, 20 de março de 2011

Os direitos do médico

Os direitos do médico

Exercer a Medicina sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra natureza.
- Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no país.
- Apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições em que trabalhe, quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente, à Comissão de Ética e ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição.
- Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar o paciente.
- Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições mínimas para o exercício profissional ou não o remunerar condignamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina.
- Internar e assistir seus pacientes em hospitais privados com ou sem caráter filantrópico, ainda que não faça parte do seu corpo clínico, respeitadas as normas técnicas da instituição.
- Requerer desagravo público ao Conselho Regional de Medicina quando atingido no exercício de sua profissão.
- Dedicar ao paciente, quando trabalhar com relação de emprego, o tempo que sua experiência e capacidade profissional recomendarem para o desempenho de sua atividade, evitando que o acúmulo de encargos ou de consultas prejudique o paciente.
- Recusar a realização de atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.
Fonte: Código de Ética Médica
Capítulo II - Direitos do Médico - Artigos 20 a 28

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Hospital Bettina Ferro amplia serviços à população

A atual gestão do Hospital Universitário Bettina Ferro – e também da Universidade Federal do Pará (UFPA) – completou um ano. Período em que os serviços nas áreas de Oftalmologia e Otorrinolaringologia na unidade ganharam força. O HUBF é referência nessas especialidades na Região Norte.

“Com o apoio dos servidores, o HUBFS vem demonstrando importante crescimento na sua recuperação financeira, administrativa e de saúde", ressalta o diretor do hospital, Murilo Morhy. "Para isso, o apoio da reitoria tem sido fundamental, principalmente porque temos a certeza de que o hospital presta um grande serviço à comunidade mais carente”, destaca o diretor.

Diagnósticos

O Setor de Meios Diagnósticos foi um dos mais passaram por melhorias. O espaço recebeu da reitoria equipamento para a realização de exame de Endoscopia Digestiva Alta, com pesquisa de H. pylori (espécie de bactéria que infecta o estômago humano e causa a gastrite aguda). Atualmente, a unidade aguarda a chegada do aparelho de Colonoscopia, exame que permite ao médico analisar a mucosa do intestino grosso.

Outro serviço que traz resultado positivo é o de Primeiro Atendimento que, até o mês de junho, havia prestado cerca de 1,9 mil atendimentos médico e de enfermagem aos trabalhadores e estudantes da UFPA, além de pessoas que sofreram algum problema de saúde dentro do campus da universidade. A iniciativa faz parte da política de humanização das relações de trabalho e valorização das pessoas, um prioridade da atual gestão da UFPA. O serviço funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h, no Hospital Bettina Ferro.

Ampliação

Em breve, o hospital terá a Faculdade de Medicina da UFPA ao seu lado. O canteiro de obras do prédio anexo ao Bettina, que abrigará parte da Faculdade, deve ficar pronto ainda este ano. O espaço atenderá 300 professores da faculdade, além dos cerca de 400 alunos que já desenvolvem atividades no hospital. O novo prédio contará com pessoal e equipamentos vindos do Instituto de Ciências da Saúde e da Reitoria. Serão 12 consultórios médicos, quatro auditórios com 200 poltronas, salas de professor e de espera, secretaria, recepção, banheiros e demais dependências. Os investimentos somam cerca de R$ 1 milhão e foram obtidos pela reitoria da UFPA.

“Com isso, queremos construir um verdadeiro complexo da saúde, com Hospital e Faculdades da área de saúde, como Medicina, Farmácia, Nutrição, Enfermagem e Ciências Biológicas, no entorno do Bettina Ferro”, conclui Murilo Morhy. (Ascom/UFPA)

Seis alunos fraudam sistema de cotas da UFPA

Mais uma fraude envolvendo o vestibular 2010 da Universidade Federal do Pará. Dessa vez, foi descoberto que seis alunos, sendo cinco do curso de Medicina e um do curso de Engenharia Civil, fraudaram o sistema de cotas destinado a candidatos oriundos da rede pública de ensino.

Os estudantes não chegaram a assistir as aulas, já que as turmas dos cursos para os quais eles foram aprovados só iniciariam neste segundo semestre. A habilitação desses estudantes foi revogada e a universidade deve divulgar, ainda nesta semana, um edital de convocação para chamar seis novos alunos habilitados a ocuparem as vagas deixadas pelos que foram desligados.

O episódio mais grave foi de um aluno de Medicina, que havia apresentado, no ato da inscrição do vestibular, um certificado falso de conclusão do ensino médio, da Escola Estadual Justo Chermont, sem nunca ter assistido uma aula na escola. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público Federal do Pará. O estudante, que não teve a identidade revelada, terá que responder pelo crime de falsidade ideológica.

O reitor da UFPA, Carlos Maneschy, explicou que as investigações sobre as suspeitas de fraude iniciaram em março deste ano, assim que houve o encerramento do vestibular. Segundo ele, vinte alunos suspeitos de terem “driblado” o sistema de cotas foram chamados por uma Comissão de Processo Administrativo Anulatório da Universidade, criada especificamente para identificar qualquer tipo de fraude.

Dos vinte estudantes convocados, dois pediram afastamento voluntário da instituição, doze conseguiram comprovar que a documentação estava adequada e outros seis estudantes apresentaram problemas na documentação. Cinco candidatos que haviam concluído o ensino médio em escola particular haviam apresentado certificado do Desu para tentar burlar a concorrência.

“Só podem disputar o processo pelo sistema de cotas alunos que tenham cursado todo o ensino médio em escola pública e isso sempre foi amplamente divulgado pela instituição”, ressaltou o reitor.

DENÚNCIA ANTIGA

Em fevereiro deste ano, estudantes de escolas públicas já haviam denunciado que falsos cotistas teriam se inscrito no vestibular da UFPA. Na época, a instituição alegou que o Centro de Processos Seletivos (Ceps) trabalhava em conjunto com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para verificar a validade dos certificados, diplomas e históricos escolares. “Tivemos 30 mil inscrições de alunos cotistas. Não tinha como verificar a documentação de um por um desses alunos, isso atrasaria o processo seletivo. Resolvemos fazer a investigação apenas daqueles que foram classificados”.

Ainda de acordo com Maneschy, o sistema de inscrição dos candidatos que concorrem às vagas de cotistas deve continuar o mesmo nos próximos vestibulares, porém, “a universidade estará ainda mais atenta para garantir que só ingressem na UFPA alunos que tenham conquistado a vaga por direito. O reitor afirmou, ainda, que a universidade “não vai tolerar situações como essa”.

HISTÓRICO DE FRAUDES

Novembro de 2009: A Universidade Federal do Pará anulou toda a prova de geografia da primeira fase do vestibular por suspeita de fraude. Três questões eram semelhantes a outras que já caíram em vestibulares ou tinham sido usadas por um cursinho de Belém.

Dezembro de 2009: Após denúncias de plágio, vazamento das questões e uma série de protestos por parte dos estudantes, a UFPA decidiu anular toda a primeira fase do vestibular 2010. A direção da universidade decidiu pela anulação da primeira etapa do PSS 2010 após a descoberta de que um membro da comissão de elaboração da prova possui um parente que disputou uma vaga no processo seletivo.

Fevereiro de 2010: A última etapa do vestibular encerrou com duas horas de atraso, pois foi detectada uma falha de impressão em cerca de três mil provas, em Belém e no interior. O problema foi resolvido cerca de uma hora e meia depois, enquanto os candidatos resolviam as outras provas. (Diário do Pará)